O sensus pulchrum: chave da relação com o Absoluto
Palavras-chave:
Sensus pulchrum, maravilhamento, Absoluto, transcendênciaResumo
Há algo no ser do homem que sente uma espécie de magnetismo pela pulcritude. Mais que qualquer raciocínio, há um como que “instinto” no próprio ser do homem que o torna maravilhável e o faz intuir e buscar a excelência da beleza — um sensus pulchrum. Este sensus pulchrum, motor do assombro e do maravilhamento, torna- se assim a chave para abrir as portas do ser do homem para o encontro e relacionamento com o Ser Absoluto, a quem busca por instinto espiritual e conaturalidade, uma vez que seu ser d’Ele participa. Neste retorno a Deus, o ser vai à busca da fonte e do fim de si mesmo, vislumbrando e maravilhando-se com a beleza de seus arcanos misteriosos. Desta forma, o processo estético e metafísico culmina em um matiz místico e soteriológico. /// There is something in man that feels a sort of magnetism toward pulchritude. More than ratiocination itself, there is, so to say, an “instinct” in man’s very being that makes him capable of wonder and makes him glimpse and search for the excellence of beauty — a sensus pulchrum. This sensus pulchrum, which is the motor of awe and wonderment, becomes, in this way, the key for opening the door of man’s being for the encounter and relationship with the Absolute Being, whom he seeks through spiritual instinct and connaturality, since his being participates in God’s being. In this return to God, the being goes in search of the source and the end of his own self, glimpsing and becoming awed with the beauty of His mysteries. In this way, the aesthetic and metaphysical process culminates in a mystical and soteriological nuance.Edição
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