Lumen Veritatis - Revista tomista | Filosofia Teologia - Tomás de Aquino

Editorial

editorial editorial — 2024-04-10

Sermão na Transfiguração do Senhor

João Paulo de Oliveira Bueno — 2024-04-10

Magisterio de la Iglesia hoy, y Santo Tomás de Aquino

Mauro Mantovani — 2024-04-10

Esta contribución se focaliza sobre la relación entre el Magisterio de la Iglesia desde el papa León XIII hasta el papa Francisco y la persona y obra de Santo Tomás de Aquino. Se examinan por eso algunos de los textos más significativos de la enseñanza de los recientes Pontífices sobre el pensamiento del Doctor Communis tratando de mostrar por un lado la continuidad convencida de la común referencia al Angélico, y por otro lado algunas características propias. El Aquinate es considerado como un modelo ejemplar, un bien precioso para la Iglesia y la sociedad humana de hoy y de mañana.

This contribution focuses on the relationship between the Magisterium of the Church from Pope Leo XIII to Pope Francis, and the person and work of Saint Thomas Aquinas. For this reason, some of the most significant texts of the teachings of recent Pontiffs on the thought of the Doctor Communis are examined, demonstrating on one hand the strong continuity of common reference to the
Angelic Doctor, while on the other hand some of their own characteristics. Thomas Aquinas is considered an exemplary model, a precious gift for the Church and human society today and tomorrow.

O apetite natural no pensamento de Tomás de Aquino

Eugénio Lopes — 2024-04-10

Quando se fala de filosofia deve-se também falar da antropologia. De igual modo, quando se fala da pessoa humana, deve-se também falar da afetividade. Porém, quando se fala deste componente, geralmente tende-se a cair em dois extremos: o monismo (que reduz a pessoa humana apenas a esta componente, típica de todo o materialismo, sentimentalismo ou psicologismo) e o dualismo (especialmente o cartesiano, onde não se atribui qualquer importância à afetividade, considerando-a, assim, como uma componente que se opõe sempre à razão, ou seja, irracional). Já a concepção aristotélico-tomista oferece uma visão mais realista e válida com relação ao estudo da afetividade, pois a considera “não-racional” (ou seja, que não se origina na razão), devendo, por isso, ser integrada através da razão e da vontade (as duas faculdades espirituais da pessoa humana), para garantir a autorrealização da pessoa humana. Este artigo não pretende expor toda a visão de Tomás de Aquino sobre a afetividade – é sem dúvida um tema muito amplo –, mas optei por expor apenas a sua análise do apetite natural. A fim de atingir tal objetivo, inicialmente identificarei as limitações de Platão e Aristóteles com relação à sua concepção do desejo natural ou orexis. Posteriormente, analisarei os conceitos de exitus e reditus em Tomás de Aquino, com vistas a podermos, em seguida, compreender a sua noção de apetite natural, como a marca que Deus deixou impressa nas suas criaturas, para que elas possam, por sua vez, retornar a Ele, através do amor: Deus cria por amor e, através do amor, as suas criaturas podem retornar a Deus. Assim, quanto mais a criatura ama, mais perfeita ela se torna. No entanto, existe uma diferença entre o amor de Deus e o amor das criaturas, especialmente o amor da pessoa humana, que desenvolverei na parte final deste artigo.

When we speak of philosophy we must also speak of anthropology. Likewise, when treating about the human person, we must also treat about affectivity. However, when examining the latter, we tend to fall into two extremes: monism (which reduces the human person to just this component, typical of all materialism, sentimentalism, or psychologism) and dualism (especially the Cartesian dualism, where no importance is attributed to affectivity, thus considering it as a component that is always opposed to reason, that is, irrational). The Aristotelian-Thomistic idea offers a more realistic and valid visualization regarding the study of affectivity, as it considers it as “non-rational” (that is, it does not originate in reason), and must therefore be integrated through reason and will (the two spiritual faculties of the human person), to guarantee the self-fulfillment of the human person. This article does not intend to expose Thomas Aquinas’s entire view on affectivity – it is undoubtedly a very broad topic –, but I chose to expose only his analysis of
natural appetite. To achieve this objective, I will initially identify the limitations of Plato and Aristotle concerning their conception of natural desire or orexis. Then, I will analyze the concepts of exitus and reditus in Thomas Aquinas, so that we can understand his notion of the natural appetite, as a mark that God imprinted on His creatures, so that they can return to Him through love: God creates out of love and, through love, His creatures can return to Him. Thus, the more the creature loves, the more perfect it becomes. However, there is a difference between the love of God and the love of creatures, especially the love of the human person, a concept that I will develop in the final part of this article.

Indefectibilidade: dom de Cristo à sua Igreja

Joshua Alexander Sequeira — 2024-04-10

Este artigo procura entender a surpreendente substituição que se nota no comentário de São Tomás sobre o Símbolo dos Apóstolos, onde são enumeradas as propriedades da Igreja como una, santa, católica e “fortis et firma”. Para tanto, outras obras do Doutor Angélico são pesquisadas com vistas a averiguar se ele se refere ao conceito de “indefectibilidade” da Igreja, conforme denominado, pela teologia posterior. Para tornar tal comparação possível, ela é precedida por uma exposição do que os teólogos chamam de “indefectibilidade”, e uma breve verificação no Magistério oficial e na história eclesiástica. Isso prepara o caminho para uma investigação sobre a sólida base trinitária da conceitualização eclesiológica de São Tomás, que será efetuada num artigo subsequente, como continuação deste.

This article seeks to shed light on a surprising substitution found in St. Thomas Aquinas’ Commentary on the Creed, where he enumerates the properties of the Church as one, holy, Catholic and “fortis et firma”. This is carried out by examining other works of the Angelic Doctor so as to ascertain whether he is referring to what posterior theology would denominate as the Church’s “indefectibility”. To make this comparison possible, it is preceded by an exposition on what theologians refer to as “indefectibility”, and a brief verification of the concept in official Magisterium and Ecclesiastical history. This paves the way for an investigation regarding the solid trinitarian base of this ecclesiological conception of St. Thomas, which will be treated about in a subsequent article.

O legado da Escola de São Vítor

Carlos Javier Werner Benjumea — 2024-04-10

Este artigo apresenta o método vitorino como um legado deixado pelos membros da escola de São Vítor. Para tal, ele narra suscintamente a história dos cônegos regulares, da Congregação e da escola de São Vítor, bem como descreve o método
vitorino, tomando como base os escritos de Hugo. Por fim, se indica tal método como algo passível de ser adotado por qualquer corpo doutrinário, especialmente o tomista.

This article presents the Victorine method as a legacy left by members of the School of Saint Victor. To this end, it briefly narrates the history of the Canons regular, the Congregation and the School of Saint Victor, as well as describing the Victorine method, based on Hugo’s writings. Finally, this method is indicated as capable of being adopted by any doctrinal body, especially the Thomistic one.

Ireneo de Lyon. Contra las Herejías I. Juan José Ayán Calvo; Manuel Aroztegi Esnaola; Patricio de Navascués; Andrés Sáez Gutiérrez (org.).

Francisco Berrizbeitia Hernandez — 2024-04-10

Sale a la luz una obra muy esperada por la teología de habla española, obra muy antigua pero muy actual y me refiero a la primera traducción trilingüe que nos ofrece “Fuentes Patrísticas” de San Ireneo de Lyon: Contra las herejías en su primer volumen. [...]

The New Cambridge Companion to Aquinas. Eleonore Stump; Thomas Joseph White (ed.).

Felipe de Azevedo Ramos — 2024-04-10

A obra original, editada em 1993 também por Stump, mas em coautoria com Norman Kratzmann († 1998), concentrava-se na filosofia tomista, mesmo quando se tratava de temas teológicos. Tal abordagem se repete neste renovado volume, embora o leque
temático esteja mais ampliado. A maior ausência desta nova versão em relação à anterior, segundo os próprios editores, foi um capítulo dedicado à política (e também, diríamos, um sobre os comentários bíblicos). Seja como for, o texto sobre a política poderia ser inserida num subtítulo na parte ética. [...]

Gli enti ecclesiastici cattolici nel terzo settore. Necessità di un rinnovato intervento di legislazione bilaterale. Angelo Ciarafoni.

Bruno Esposito — 2024-04-10

Per Terzo settore (o ambito non-profit), denominazione che appare in Europa alla fine degli anni Settanta del secolo passato e in Italia alla fine degli anni Ottanta, s’intende l’insieme di quegli enti privati che perseguono, senza scopo di lucro, finalità civiche, solidaristiche di utilità sociale che promuovono e realizzano attività d’interesse generale, mediante forme di azione volontaria e gratuita o di mutualità come anche di produzione e scambio di beni e servizi. Di fatto, tutti quegli enti che operano e si collocano al di fuori degli altri due settori: quello pubblico, proprio dello Stato (in quanto sono enti di natura privata) e quello commerciale, perciò specifico delle imprese (in quanto questa categoria di enti non ha come fine il profitto).

Les dix meilleurs armées de l’Histoire: Des Assyriens à l’US Army. Jean Lopez (dir.).

Ângelo Francisco Neto Martins — 2024-04-10

Com o início da guerra russo-ucraniana em 2021 e o recrudescimento do conflito na Palestina, em outubro de 2023, a instabilidade da paz voltou a ser motivo de preocupação. Alguns ânimos se exaltaram, outros temeram os seus desdobramentos: a guerra regressou ao proscênio internacional. Neste momento oportuno, surge este livro que não se dedica a comentar fatos presentes ou especular sobre o futuro imediato, mas sim a resgatar acontecimentos do passado. Esta abordagem, de grande relevância, leva em conta que a sabedoria humana, há muito, reconhece que o melhor modo de prever o futuro é estudar os tempos antigos, e quem lê a História, de certo modo, lê o porvir: “O que já foi será, nada há de novo debaixo do sol” (Ecl 1,9). [...].