Sermão “Tota pulchra es”
Palavras-chave:
Roberto Grosseteste, Imaculada Conceição, beleza de Maria, pecado original, Assunção de Maria, fomes peccati, corpo glorificadoResumo
Embora neste sermão não conste a defesa explícita da Imaculada Conceição (cuja festa já era celebrada na Inglaterra estavelmente desde 1127), mas apenas o nascimento de Maria sem o Pecado Original, há uma forte tradição que atribui a Roberto a defesa desse importante dogma mariano. Entre os autores que mencionam esta defesa feita por Grosseteste, mencionamos: João Vitalis, João de Torquemada, Giles Carlerius, Guilherme de Ware, etc. Além disso, há alguns trechos de outras obras maduras que parecem comprovar a sua defesa da Imaculada Conceição (cf. Ex rerum inititarum, vide infra, nota 5). É bem provável que a posição de Grosseteste tenha servido de fundamento (ao menos indiretamente) para ulteriores desenvolvimentos a respeito desta doutrina entre os franciscanos durante o período escolástico, notadamente através de Beato Duns Scoto, insigne defensor da Imaculada Conceição de Maria. (Cf. McEvoy, James J. Robert Grosseteste. Oxford: OUP, 2000, p. 11; 57; GARCÍA PAREDES, José Cristo Rey. Mariología. Madrid: BAC, 1995, p. 225; GIEBEN, Servus. Op. cit., p. 214-215). De qualquer forma, o presente sermão, embora de grande importância para a história da Imaculada Conceição, é dedicado, sobretudo, a tratar da beleza de Maria em sua vida terrena (tota pulchra) cujo auge foi alcançado em sua Assunção, quando é chamada absolutamente bela (omnino pulchra), pela contemplação direta da Luz Divina (cf. GIEBEN, Servus. Op. cit., p. 221).Referências
GIEBEN, Servus. Robert Grosseteste and the Immaculate Conception (with the text of the sermon Tota pulchra es). Collectanea Franciscana, 28, 1958, p. 211-227.